AS SANÇÕES CONTRA A UNITA SÃO UM CRIME E DEVEM FINDAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL...
(QUEM COMEÇOU A 3ª GUERRA CIVIL EM ANGOLA FOI O REGIME DE LUANDA, AFIRMAM OS 5 PERITOS DAS NAÇÕES UNIDAS! )

Entrevista dada pelo Presidente Dr. Jonas Savimbi à Voz da América

 

Home Up

PRESS RELEASE NR.01/UNITA/
C.P.C.P/2001

MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998

CARTA ABERTA AOS POVOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

VIOLADA A LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO EM LUANDA -  A DITADURA CONTINUA APESAR DA PROPAGANDA!

A oposição Angolana continua a manifestar-se apesar da repressão, apesar dos silêncios internacionais, em especial dos membros da troika, que deviam cumprir  o compromisso de promover a Democracia e a Paz em Angola.

Ontem a manifestação do pacífico partido Angolano, Partido de Apoio Democrático e Progresso de Angola, PADPA, contra o aumento do custo da gasolina que juntava já mais de 500 cidadãos, na sua maioria jovens, foi fortemente reprimida, entre as 10h30m e as 11horas da manhã.

Tanto os repórteres da RTPÁfrica, como a repórter da Voz da América foram agressivamente interpelados, tendo os primeiros ficado sem o seu material de reportagem, em clara violação do direito de informar, em especial considerando que se tratava de uma manifestação que tinha sido autorizada.

Até perante esta realidade, as autorizações à liberdade de expressão serem confrontadas com um segundo "estado", verdadeiramente dentro do estado que decide e actua como entende e sempre à revelia da Lei, a Comissão de Justiça Paz e Reconciliação em Angola alerta para esta evidente dominância totalitária  no regime futunguista  de Luanda.

Segundo informações de Luanda estariam ainda detidos o presidente do PADPA, Carlos Leitão, assim como o secretário geral do mesmo partido, e muitas outras centenas de pessoas detidas pela segurança de estado, em detenções  feitas nos bairros suburbanos, algumas das quais estão a ser sujeitas a tortura.

Torna-se evidente que a Reconciliação entre Angolanos se está também a forjar neste combate pela Democracia e pela Justiça Social e contra o regime corrupto de Eduardo dos Santos, onde a Juventude está a ter um papel essencial no acordar de consciências em favôr de uma Pátria cansada de ser espoliada e humilhada.

Este combate corajoso, de todos os Angolanos, mas onde se destaca o papel da Igreja Católica Angolana, quaisquer que sejam as suas opções políticas, são a razão que fundamentam a convicção, na Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola, de que a Paz em Angola tem de acontecer.

Perante tal a Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola apela à Comunidade Internacional, aos Partidos Democráticos do Mundo, assim como aos Cidadãos e Cidadãs Solidários, que protestem junto das embaixadas de Angola e exijam a libertação dos presos políticos angolanos, agora acrescidos por mais estes  2 dirigentes partidários e todos aqueles que estão presos, por  apoiarem uma pacífica manifestação.

A Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola recorda, ainda, o Apelo dos Reporter Sans Frontières, RSF, pela libertação do Jornalista André Domingos Mussamo, da Folha 8, preso, arbitrariamente, já há  76 dias, sem culpa formada, em Ndalatando, no Cuanza Sul.

Certa que só um processo negocial, onde a UNITA seja reconhecida, de corpo inteiro, como parte da solução para Angola e onde participe, em moldes a ver, toda a Oposição Civil Angolana, permitirá pôr fim a este regime ditatorial, a Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola reafirma a premente necessidade de o Conselho de Segurança pôr fim à política imoral e ilegal de impôr Sanções à UNITA e à sua direcção política, em especial ao seu Presidente, o dr Jonas Malheiro Savimbi, elemento essencial para que o processo negocial Angolano possa decorrer com liberdade.

Aliás, a crescente tendência internacional, no sentido da criação de condições para a Paz em Angola, via negociações entre as partes, ficou patente na recente decisão do Parlamento Europeu em defesa da liberdade de expressão em Angola, onde o antigo Presidente da República de Portugal, o dr Mário Soares, assumiu também a posição que já é de inúmeros leaderes africanos, com destaque para o leader sul africano, Nelson Mandela, provando-se assim que os Angolanos, todos ele, para além das suas opções, continuam com amigos que olham para Angola para além dos meros interesses, de "Estado", ou outros.

 

Pela Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola

Adalberto Costa Júnior

Leon Dias

Joffre Justino

Última actualização/Last update 12-11-2000