AS SANÇÕES CONTRA A UNITA SÃO UM CRIME E DEVEM FINDAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL...
(QUEM COMEÇOU A 3ª GUERRA CIVIL EM ANGOLA FOI O REGIME DE LUANDA, AFIRMAM OS 5 PERITOS DAS NAÇÕES UNIDAS! )

Entrevista dada pelo Presidente Dr. Jonas Savimbi à Voz da América

 

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PRESS RELEASE NR.01/UNITA/
C.P.C.P/2001

MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998

CARTA ABERTA AOS POVOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

EM DEFESA DA PAZ E DO DIÁLOGO PARA ANGOLA

A Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola, tendo em conta as realidades e o contexto da situação socio política em Angola e na Região que a envolve, entendeu reafirmar a sua intenção e disponibilidade de continuar a tudo fazer para a promoção da via do diálogo.

Esta é, aliás, a única via capaz de permitir aos Angolanos a reconquista da Paz e da estabilidade, no futuro, sem mais dramas sociais, tal como a Direcção da UNITA já o afirmou inúmeras vezes.

A Comissão louva as intervenções mais recentes em busca da Paz para Angola, de personalidades como Nelson Mandela, Mário Soares, membros do governo sul africano, do Presidente da Conferência Episcopal Angolana, D. Zacarias Kamuenho. Todos eles, com coragem, indicaram a via do diálogo entre a UNITA e o MPLA como a única que permitirá o reencontro dos Angolanos e a estabilidade para Angola.

A Comissão louva também a coragem dos Partidos da Oposição Civil, ( POC ), que em uma declaração divulgada em Luanda aos 22.02.2000, não só apelaram para a imperatividade da Negociação, mas souberam deixar claro que ninguém tem o direito de excluir nenhum Angolano da solução do conflito, com destaque para o dr Jonas Malheiro Savimbi. Tais posições, contra a corrente, mas ganhando um apoio crescente, já têm mostrado a inutilidade das soluções militaristas defendidas pelo governo de Eduardo dos Santos.

A Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola louva, também, a posição assumida pelos Parlamentares Europeus, no âmbito do mesmo Parlamento Europeu, que aprovaram uma Resolução condenando a violação de Direitos Fundamentais em Angola, pelo governo de Luanda. Tal resolução  vem relevar a capacidade de algumas instituições europeias  sobreporem aos  interesses e benefícios estabelecidos a defesa de Valores.

A Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola convida o governo português a entrar  neste comboio em marcha que busca a Paz para Angola. Convida-o também a abandonar de vez a política de permanente implementação de sanções contra uma das partes, a UNITA. Na realidade, a mesma tem-se mostrado uma  política gravosa para a defesa da Paz e da Democracia para Angola, ao pôr em causa, em especial, direitos fundamentais individuais dos Cidadãos, previstos na Carta da ONU, como o Direito à  Defesa, sobretudo de personalidades individualizadas como o Presidente da UNITA, o dr Jonas Malheiro Savimbi.

Temos o direito, na Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola, de entender que a convocação da Cimeira Portugal( Presidência da União Europeia) / Estados Unidos/ Federação Russa, tem como propósito essencial o  recuperar a Troika de Observadores mas em lógica de contrariar as vozes que internacionalmente têm condenado as opções militares de Eduardo dos Santos, em especial depois da reunião, em Luanda, dos embaixadores da UE, na embaixada de Portugal, onde se ouviu, para o exterior, somente, o discurso de guerra do ministro das Relações exteriores de Luanda.

Na mesma linha parecem ter seguido os encontros do embaixador Hoolbrook em Lisboa, ciosos de reforçar o contexto da guerra em Angola, com o discurso permanente da mais e mais sanções sobre a UNITA, à revelia do defendido pela sociedade civil em geral, angolana e não angolana.

Recorda a Comissão que foi numa Cimeira Portugal/USA/Rússia, realizada em Junho de 1993 que, por iniciativa portuguesa, se deu início a esta política de sanções sobre a UNITA, geradoras já de tanta violência inútil em Angola e conduzindo Angola para a sua actual desastrosa situação.

Por mais que alguns leaderes políticos se esforcem em esconder tal, a conduta do governo de Luanda, de corrupção generalizada, de destruição do tecido económico e social de Angola, feitos em nome do estado, são diariamente denunciados por toda a parte.

Assim, ao mesmo tempo que milhões de Angolanos  vivem em condições deploráveis, nas cidades e nos campos, assiste-se, também,  a um genocídio étnico sistemático de uma parte da população angolana, a coberto desta 3ª guerra civil e da política de Sanções contra a UNITA.

A Comissão, para o comprovar, cita, como mero exemplo, uma carta que recebeu, a 20 de Fevereiro de 2 000, da National Society for Human Rights, NSRH, ONG namibiana, onde se pode ler, " Os deportados, na sua imensa maioria membros da etnia angolana Umbundu, são indiscriminadamente acusados de " bandidos da UNITA"...sujeitos a detenções em massa, sem julgamento, são sumáriamente executados, forçados ao recrutamento militar pelo governo angolano..."

Perante este conjunto dramático de circunstâncias, a Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola, assumiu a necessidade urgente de dinamizar uma Campanha no sentido de apresentar à Conferência atrás referida, que se realizará em Lisboa, um Abaixo Assinado pela Paz e o Diálogo  em Angola, para aí ser entregue.

A UNITA tem repetido, independentemente dos equilíbrios e desequilíbrios internos militares que só o debata das causas profundas deste já longo conflito poderão trazer a estabilidade, para Angola e para a Região envolvente, já que a guerra se tem perigosamente alastrado para os países vizinhos.

A Paz em Angola é inevitável...

 

A Comissão de Justiça, Paz e Reconciliação em Angola,

 Adalberto Costa Júnior, Joffre Justino, Leon Dias  

 

Última actualização/Last update 12-11-2000