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PRESS RELEASE NR.01/UNITA/
C.P.C.P/2001

MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998

CARTA ABERTA AOS POVOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

AS SANÇÕES CONTRA A UNITA SÃO UM CRIME E DEVEM FINDAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL... 

(TEXTO 137 DESTA 3ª GUERRA CIVIL QUE O ENG. JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS IMPÔS)

AS 12 PROPOSTAS DE PAZ DA UNITA 

A 29 de Outubro de 2000, das Terras Livres de Angola, saiu um Documento da Direcção da UNITA, publicado em Portugal, denominado EM MEMÓRIA DO ENG. JEREMIAS KALANDULA CHITUNDA. Este Documento, tem a base essencial da argumentação da Direcção da UNITA que demonstra o como um Regime Totalitário, o do Mpla, tem destruído as oportunidades várias que os Angolanos têm tido, de construir um País verdadeiramente Independente, Democrático e Desenvolvido. Tem também, no seu Final, estão as já conhecidas 12 Propostas de Paz que, desta forma, a Direcção da UNITA entendeu apresentar aos Angolanos e à Comunidade Internacional como mais um meio de pôr fim a uma Guerra Civil, imposta pelos futunguistas, já na sua terceira fase e que, nesta última, dura há quase 2 anos, de forma verdadeiramente inútil. 

É pois este Documento mais que uma Homenagem a um Herói de Angola, o eng. Chitunda, um cidadão de Paz, um investigador e um diplomata de obra provada, pois, homenageando-o, a UNITA completa a função da homenagem relacionando este Homem de Paz com mais uma Proposta de Paz, para esta 3ª guerra civil Angolana. Angola, que podia Ter nascido com honra, de forma plural, aberta, e com uma retaguarda de crescimento económico bastante positivo, ainda que com gravíssimas lacunas sociais, tornou-se num projecto de Nação permanentemente adiado, nestes seus 25 anos de vida. É da reflexão deste permanente adiamento que nascem estas 12 Propostas de Paz. 

A Direcção da UNITA tem-no dito repetidamente. Vejamos as Propostas uma a uma:

1. A Independência Nacional real contra o neocolonialismo 
Angola, ao tempo colonial, exportava, em larga quantidade, Produtos nas áreas da Agricultura, como o café ou o sisal, da Mineração, como o petróleo, os diamantes, o ferro, o ouro, detinha um sector industrial para a Produção Interna, era autosuficiente na Pesca, na Energia, na Água. 

Angola tinha uma rede de estradas que a reforçava na sua relação com exterior e que permitia a livre circulação de Pessoas e Bens em todas as suas Regiões. A imposição de uma guerra civil, a rejeição do estatuído em Alvôr, que "fixaram a proclamação da independência de Angola a 11 de Novembro de 1975 no seguimento de eleições livres e justas", conforme o Documento a que me refiro, forçando a uma independência baseada na exclusão de parte dos Angolanos - os que não eram do Mpla, os da UNITA e da FNLA - levou somente a que "os cubanos continuaram a desembarcar em Angola até atingirem um efectivo de 70 000 homens", fazendo de Angola um imenso campo de batalha. Do livro "Os Cubanos em Angola" da autoria de Carlos António Carrasco, um diplomata que é tudo menos amigo da UNITA, podemos retirar que " ...imediatamente nos onze meses depois da independência angolana, a ex URSS subscreveu com este país" um tratado de Amizade e Cooperação, seguidos de "um programa de cooperação económica e técnica", a 21 de Janeiro de 1982, em Maio de 1982 um "Acordo sobre Reparações Navais" e, em Maio de 1983, o então já "presidente Dos Santos", subscrevia mais 3 documentos, de cooperação entre "partidos irmãos", um "plano de multiplicação de intercâmbios entre os 2 partidos" e um "protocolo de cooperação cultural e científica". Mas não esqueçamos o papel dos EUA. Do mesmo autor podemos relembrar que logo no primeiro decénio de governação do Mpla, as empresas americanas " exploravam reservas estimadas em 1.7 mil milhões de barris de petróleo de alta qualidade", investindo, "milhões de dólares em operações muito lucrativas" e que em 1985 os EUA já eram " o cliente comercial nº 1 de Angola com uma cifra anual de trocas mútuas que rondava os mil milhões de dólares". O problema real não está nesta intensa actividade económica EUA/URSS com um regime totalitário, (embora já de si tal seja um problema...). O problema está na falta de benefícios retirados te dal actividade por parte dos Angolanos, de todos eles, os que se sediaram nas áreas da UNITA antes do mais, mas também os que sediaram nas áreas do Mpla. De ambos os lados sobrou a Fome, o analfabetismo, o endividamento externo e a destruição de todas as condições de partida deixadas pelo sistema colonial português. Só que de um lado existia um regime autoimposto, mas também crescentemente mantido por decisão estrangeira e do outro existiu a necessidade de sobrevivência. Hoje, a dados de 1998, enfim, segundo o "L'etat du Monde 2001", a dívida externa de Angola é de 12173 milhões de dólares, a Despesa Pública com a Defesa, a dados de 98 também, era de 11.5 % do PIB e superam os 40% do Orçamento de Estado em 1999 e as Exportações fazem um grande esforço para pagar 24.1% do serviço da dívida Angolana. Angola está farta de sofrer esta espoliação das suas riquezas naturais, e de viver com esta elite dependente de interesses internacionais, que nunca consensam com os interesses nacionais. É pois natural que a defesa de uma independência real e antineocolonial esteja na primeira linha das reivindicações da Direcção da UNITA. 

2. Decantar, definir e fixar as bases da identidade nacional 
A imensa maioria dos Angolanos vive com 2.5 US dólares/mês, (500 escudos), segundo o relatório sobre os Direitos Humanos no Mundo, de 1999, do Departamento de Estado americano. Uma parte importante dos Angolanos vê as suas aldeias a serem bombardeadas com bombas químicas, e vê tal perante o silêncio da comunidade internacional. Outra parte importante ou é refugiado fora de Angola, ou foi forçado a viver em condições infrahumanas nos arredores das antigas, destruídas, urbes coloniais, verdadeiros refugiados internos, a serem utilizados em possíveis manobras "eleitorais" por voltas de um mítico ano 2001... em favôr de um partido o Mpla/futunguista e dos interesses estrangeiros que estes representam em Angola. Quem são, então, os Angolanos? Os cidadãos vivendo nas urbes do litoral angolano, somente? E mesmo entre estes distinguindo, como antigamente fazia o sistema colonial separando assimilados de não assimilados, os que vivem e os que sobrevivem? E, mais, é possível escamotear que somos um país de maioria negra? Que tal deveria ser visível nas instâncias, todas, do Poder, político, económico, social? Ainda, é possível escamotear as múltiplas etnias/Nações existentes no interior de Angola? Será assim uma tão difícil questão, ou ao não se pretender debater tal, como fazemos desde 1975, não estaremos nós Angolanos a destruirmos a possibilidade de o sermos? 

3. A unidade nacional e igualdade de todos os angolanos perante a lei, garantindo o direito à vida e oportunidades iguais, sem exclusões nem humilhações, rejeitando todas as heranças coloniais. 
De cada vez que um avião bombardeia, com armas químicas, uma aldeia angolana, parte deles pilotado por estrangeiros, que sentirá o cidadão e a cidadã dessa aldeia? Que tem os mesmos direitos, em especial no plano do direito à vida, do cidadão angolano que vive em Alvalade, bairro de Luanda? Os 41.4% de jovens, entre 12 e 17 anos que, (estatísticamente...), não têm acesso à escolaridade, sentirão que têm a igualdade de oportunidades garantida? Ou sentirão que os mais de 40% da parte do Orçamento de Estado que vai para a Defesa, lhes está a roubar a Vida? E quem são esses 41.4% de Jovens, de que origens, de que etnias, de que Nações dentro da Nação Angolana, são eles? As Mães e os Pais dos 125 por mil crianças que morrem por ano, sentirão que existe igualdade de todos os angolanos perante a lei? O rapto de filhos de um leader da Oposição, como sucedeu com Anacleto Kajita Ululi Sakaita, filho do dr Jonas Malheiro Savimbi, que se mantém preso, forçado, em Luanda, com o silêncio cúmplice da comunidade internacional, não é o exemplo mais flagrante da necessidade de se pôr fim às humilhações entre Angolanos? 

4. A instauração de um verdadeiro Estado de Direito, democrático, com uma real separação de poderes 
Comecemos, sendo mais radical que o texto, por perguntar - mas existe hoje um Estado em Angola? Poderemos continuar a escamotear a urgência de construirmos um Estado de Direito em Angola? E existe a possibilidade de o construir anulando da participação no mesmo da imensa maioria dos Angolanos que do dito estado de hoje conhecem somente a força dos canhões e o poder destruidor das bombas químicas? 

5. A garantia do respeito e das liberdades da imprensa independente 
Recuso-me sequer a referir mais do que já foi dito por Rafael Marques, William Tonet, etc., para reforçar este ponto entre os 12 ponte de Paz. 

6. A definição dos fundamentos para o desenvolvimento económico e social do país 
É certo que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial até podem procurar ser sérios e querer forçar, com sinceridade, o dito estado angolano futunguista, a querer ser mais transparente. Têm-no conseguido, sózinhos, não contando com os Angolanos? Mas é possível a alguém acreditar que sem um projecto nacional, amplamente discutido, livremente aceite, em uma Assembleia Nacional livremente eleita, seja possível criarem-se as condições para o desenvolvimento? Isto é, pode o dito estado angolano hoje existente, totalitariamente gerido por uma elite não escolhida livremente pelos Angolanos, entender a necessidade do desenvolvimento do seu país? Uma livre discussão, e pública discussão, das vias possíveis de recuperação de Angola, hoje, é determinante para a criação da confiança entre os Angolanos e esta é determinante para se iniciar a Reconciliação entre os mesmos. Uma discussão que não esqueça os compromissos internacionais de Angola, a dívida externa de Angola e que, partindo dela encontre as soluções para Angola, não é, hoje, ainda, impossível. Mas, cada dia que passe a mais com esta guerra civil, tenderá a ser uma oportunidade a menos para a continuidade de Angola. Esta realidade não pode ser escamoteada por nenhum Angolano. Mais que o Desenvolvimento, assumamo-lo, estamos a pôr fim a uma Pátria. Em proveito de quem? Com que interesses por detrás? O que significa esta sanha antidiamantífera, quando tudo se esconde quando se fala dos petróleos? 

7. A formação de um governo de amplo consenso nacional e de transição 
dado que o mandato do actual parlamento expirou em outubro de 1996 e, desde 1992, o actual chefe de estado não é senão um candidato à Segunda volta da eleição presidencial, em pé de igualdade com o Presidente da UNITA A criação de um verdadeiro Estado em Angola exige medidas de consenso alargadas que permitam que todos os Angolanos nele se revejam, factor evidente também de estabilidade e de confiança. Mais, a criação de um verdadeiro Estado Angolano exige ser feito também por quem até hoje dele esteve arredado. A confiança a ser transmitida a toda a Nação isso impõe. Vejamos, da UNITA, quantos professores, quantos médicos, quantos enfermeiros, quantos quadros foram integrados na Administração Central e Local? E da FNLA? E dos restantes partidos da Oposição? Que base de confiança transmite, à Nação, um dito estado que exclui, porque são da Oposição, uma parte da Nação? Mas haverá condições para que suceda o contrário do hoje vivido? Evidentemente que sim - basta recordar que, hoje, 40% do Orçamento do dito estado angolanos se esvai com a compra de armamento. Basta recordar quão paralisada está a economia angolana em consequência do dispêndio efectuado com a guerra que uns tantos nos impõe. Hoje a guerra imposta aos angolanos obriga à manutenção de cerca de 200000 cidadãos nas força armadas existentes em Angola, dos dois lados do conflito. Este valor é só o dobro da denominada força de intervenção rápida da União Europeia. Na verdade, a única coisa de que Angola hoje se pode orgulhar é que detém, em si o maior exército do Mundo... É evidente que a reestruturação desta realidade também não pode ser efectuada contra os que participaram no conflito, uns para sobreviver, outros porque tal lhes foi imposto. Também aí o essencial é adquirir o princípio do bom senso e entender que estas duas forças e os membros que nelas participam, têm o direito de sentirem também a confiança necessária para acreditarem que não serão abandonadas pela Nação. 

8. A despartidarização da administração pública, das Forças Armadas e da Polícia 
Antes do mais é necessário acreditar que um crescimento do PIB de 0.2% entre 1988 e 1998 só acontece porque a guerra foi a estratégia dominante dos que geriram a Nação. É necessário que todos acreditemos que uma economia de Paz gera Riqueza, Emprego, Estabilidade, para todos. É necessário que todos acreditemos que na administração pública, nas forças armadas, na polícia, o objectivo é servir a Nação e não este ou aquele, partido. Mas, para que tal suceda, é fundamental que os excluídos, até hoje, se sintam revistos nos quadros na administração pública, das forças armadas e da polícia nos seus vários aspectos, étnicos, de nacionalidade e de partido político, aos mais vários níveis destes organismos. Terá um custo esta medida? Sem dúvida. A Democracia tem um custo. A Paz tem um custo. Mas a Paz é geradora de uma eficácia, tal como a Democracia, que o regime actual não tem, nem nunca mostrou Ter. 

9. A abordagem realista do caso de Cabinda 
Cabinda tem sido, para Angola, um factor de instabilidade. Na verdade, em Cabinda existem pelo menos dois tipos de problemas. O primeiro resultou da forma impositória como o regime de Luanda quis resolver o assunto, assumindo com a linearidade típica dos totalitários as fronteiras da Angola colonial como tal, esquecendo a História. O segundo resultou da forma como geriu os recursos de Cabinda sem que o Cidadão Cabinda tirasse qualquer proveito dos mesmos. Cabinda é, hoje, um conflito extremado. Tal exige que para ser resolvido este conflito que os Cabindas tenham antes do mais o direito à decisão sobre o seu futuro. 

10. A criação de uma comissão nacional para o controlo e fiscalização do uso das finanças públicas, em particular as receitas provenientes da exploração do petróleo e dos diamantes. Esta comissão nacional trabalharia em estreita colaboração com uma equipa internacional de auditoria. 800000 barris de petróleo dia vezes 3 francos significa uma comissão de 13 milhões de dólares ano aproximadamente. É nesta base que temos de reflectir - estão a desaparecer da Nação, mais de um 1 dólar ano por pessoa, em um país onde cerca de 40% dos cidadãos auferem, segundo o Departamento de Estado do s EUA, porque a situação será pior, 30 dólares ano. Assim, 40% dos Angolanos vêm-se esportulados de 3% da sua capacidade de rendimento anual...É o que significam as comissões que o sr Tarallo, da ELF, diz que o eng. Dos Santos recebe das petrolíferas do mundo. E disse-o em pleno tribunal francês. A acrescer, existem todas as outras comissões distribuídas aquando da compra de armamento, ou da aquisição no exterior de produtos para Angola... Há pois que pôr fim a esta situação que, vista em um contexto de potencial de investimento, tem um significado ainda mais grave...e mais grave ainda se reflectirmos sobre este contexto no plano da ética em face da Riqueza de uma Nação. 

11. A criação e defesa de um espírito aberto ao diálogo permanente com os países vizinhos, pondo-se cobro à política da canhoneira. 
É no quadro do sentido pan africano que encontraremos a paz para Angola. Vimos, todos, na comunicação social internacional, o chefe de estado maior geral das forças armadas da República da Zâmbia a ser alvo de chantagem e pressão e a assistir a uma declaração de força, à Hitler, (que parece estar na moda hoje em alguns dirigentes africanos...) das ditas forças armadas angolanas. Estamos, também a assistir à presença, desde 1996, ilegal, das ditas forças armadas angolanas, na RDC, na República do Congo e na República da Namíbia mais recentemente. Assistimos, hoje, à presença de zimabuanos, israelitas, americanos, portugueses, brasileiros, russos, namibianos, em território Angolano, entre muitos outros. Somos pois hoje, não um país mas uma central de conflitos e um campo de experimentação militar. A custo zero para todos eles e a custo incomensurável para nós. Este é o resultado de políticas baseadas na trincheira firme da revolução, ou na tese da potência regional angolana, conceito "novo" para expressar ímpetos militaristas e suicídas velhos. Deveríamos Ter assistido, sim, à presença em Angola de técnicos Zambianos, para discutirem o caminho de ferro de Benguela connosco, ou de técnicos namibianos para discutirem connosco a gestão estratégica dos caudais hídricos. Há muito a fazer no quadro pan africano, bem mais sério, bem mais estraégico, bem mais importante, que discutir a força militar de cada, quando, lá fora, a economia se globaliza, o conhecimento se globaliza. 

12. A criação de uma comissão eleitoral independente
uma vez as condições políticas, psicológicas e materiais reunidas, realizadas eleições legislativas e presidenciais, o Parlamento eleito deve definir os critérios de representatividade dos Partido políticos. É hoje campanha em muitas chancelarias internacionais a realização de um arremedo de acto eleitoral em 2001, para justificar o injustificável, para recusar a existência, na comunidade internacional, do erro. Urge pôr fim a estas idiotices. Existem vidas que estão a ser postas em jogo. A UNITA pôs em face do Mundo uma reflexão séria, positiva, interessada na busca de soluções para um conflito que tem 25 anos, os anos da Nação Angolana. Os que apostam, hoje como em 75, hoje como em 92, hoje como em 94, na guerra e na destruição de Angola respondem com a "realista" tese de que perdemos, nós Angolanos, já 3 oportunidades com 3 tratados internacionais. Quantos acordos houve já em volta de Israel e da Palestina, em volta do IRA e dos protestantes irlandeses? Em volta de Espanha e da ETA? Não o argumento não colhe. O certo é que somos nós, Angolanos a parte essencial da culpa do conflito. Mas o certo é que deste conflito tem muita gente vivido vivido. Daí que por um lado caiba a nós todos Angolanos sabermos que temos de pôr fim ao mesmo. Como cabe à comunidade internacional não esquecer a parte de culpa que tem conflito e assumir a mesma de uma vez por todas. Porque a UNITA continuará a Resistir se a idéia da sua destruição persistir mais vale entendermos todos que a solução está no Diálogo. Antes do mais entre nós todos, Angolanos. Mas também não esquecendo o Resto do Mundo, junto de quem assumimos responsabilidades que teremos, sem dúvida de cumprir, mas onde assumimos, porque somos Seres Humanos, Direitos que temos de aprender a exigir. Responsavelmente, mas a exigir. Para que os próximos 25 anos de Angola sejam comemorados com verdadeira Alegria de Angolanos e não desta forma burocrática, formal, inexistente, que foi a destes primeiros 25 anos. 

Joffre Justino

THE SANCTIONS AGAINST UNITA ARE A CRIME AND MUST END AS SOON AS POSSIBLE... 

137TH TEXT OF THIS CIVIL WAR THAT ENG. EDUARDO DOS SANTOS AS FORCED ON US.

THE TWELVE PEACE PROPOSALS OF UNITA 

On the 29th of October, of the year 2000, from the Free Lands of Angola, came out a Document of UNITA's Direction. It was published in Portugal under the title of IN MEMORY OF ENG. JEREMIAS KALANDULA CHITUNDA. 

In this Document the Direction of UNITA shows how the Totalitarian Regime of the Mpla has made it harder on the Angolan people to reach the goal of an Independent, Democratic and Developed Country. 

The Document also contains the Twelve Proposals for Peace of UNITA, which was presented to the Angolan People and the International Community as another mean to reach peace. 

This useless Civil war forced on the Angolan people has been going on for two years, for too long. This document pays respect to Eng. Chitunda, an Angolan hero, a citizen of peace, an investigator and a renowned diplomat. In homage, UNITA relates this man of Peace to another Peace Proposal, for this 3rd Civil War. 

Angola could have been born with honour, openly and with a positive economical background, even if with serious social problems. Instead these last 25 years turned it into a project-nation, permanently delayed. 

It's upon these years of delay that these twelve peace proposals now emerge. 

  • 1. Real National Independence as opposed to neo-colonialism. During the times of the colonies, Angola exported a great deal of products. In the agriculture area it exported coffee and sisal. In the mining business there were diamonds, oil, iron and gold. Angola had an Industrial sector for Internal Production and it was self-sufficient in the Fishing, Energy and Water areas. 

Angola had a road plan that reinforced its' outside relationships and that allowed the free circulation of People and Property in its' Regions. The "proclamation of the independence of Angola, on the 11th of November of 1975, following free and fair elections" was ignored in Alvor and a Civil war was forced on the Angolan people. All those who didn't belong to the Mpla, who joined UNITA or the FNLA, lived in an exclusion-based independence. As a result of that instability "Cubans kept on going to Angolan soil until they were 70 000", making Angola an immense battlefield. From the Book Cubans in Angola, written by the diplomat Carlos António Carrasco - and he's no friend to UNITA too... - we can retrieve the following: "... in the eleven months that followed the Angolan independence, the ex-USSR subscribed with that country a treaty of Peace and Co-operation. This treaty was followed by a "program of economical and technical co-operation" signed on the 21st of January of 1982, an "Agreement on Naval Repairs" signed during May of 1982 and in May of 1983, president "dos Santos" subscribed another three documents of co-operation between fellow parties, a "plan of multiplication of shared information between the two parties" and a "protocol of cultural and scientific co-operation "". We mustn't forget the part of the United Sates. From the same author we learned that in the first decade that the Mpla was in the government, American companies "exploited oil reserves estimated in 1, 7 billion barrels of oil of high quality", investing "millions of dollars in profitable operations". By 1985, "the USA were the number one client of Angola, with an annual expense of mutual exchanges of one billion dollars". The real problem isn't this intense economical activity that the totalitarian regime shared with the USA and the USSR (although that is a problem). 

The problem is in the lack of benefits that the Angolan people extracted from those activities. Mostly damaged were those who stood by UNITA, but Mpla also suffered the consequences. What came out from both sides were Famine, illiteracy, external debt and the destruction of all the start-up conditions left by the Portuguese colonial system. 

On one side there was a self-imposed regime, supported by foreign influence. On the other, the need to survive. According to data extracted in 1998 by the "L'État du Monde", the Angolan external debt is of 12173 million dollars. 

The Public Expense and Defence also presented a deficit of 11, 5% from the PIB that tipped over the 40% of the State Budget of 1999. The Exports are making an enormous effort to pay back the 24, 1 % of the service of the Angolan debt. Angola is tired of enduring this exploitation of its' natural resources.

 Tired of living with this elite, dependent of international interests, that never goes according the national ones. It's natural that the defence of a real and anti-neo-colonial independence is on the top of the lists of UNITA' s revindications. 

  • 2. Find, define and fix the basis of national identity. 

According to the report on Human Rights in the World from the American Department of State, most Angolan live on 2, 5 US dollars/month. An important part of the Angolan people watches their villages being bombed with chemical weapons and the international community sits still. Another part are refugees and some other have found refuge in the old colonial towns, waiting for the promised 2001 elections... where they'll have to vote for a futunguist Mpla and for the foreign interests that the Mpla represents in Angola. Who are the Angolan people? The citizens living in the cities of the coast? This is exactly the method that the colonial system used to distinguish those who lived along from those who survived. We're a Black Country. Is that possible to ignore? That should be seen in all instances of power, politics, economical and social. Is it still possible to neglect all the Nations that exist inside Angola?

 Since we've stopped discussing this matter as we had done since 1975, aren't we contributing to destroying the possibility of true independence? 

  • 3. National unity and equality to all Angolan under the law. Assuring the right to live and the right of equality, without exclusions or humiliations, rejecting all forms of colonial heritages. Each time an aeroplane bombs an Angolan village with chemical weapons, what does the villager think about equal rights, specially when his brother is living in R. de Luanda, in Alvalade. 41, 48% of young people living in Portugal don't have access to school or education. 

Do they believe they have their right of opportunities assured? Or do they know that the 40% going for the state could work things out. The Mothers and Fathers of the 125 each thousand children that die per year do they think there's equality for all Angolan under this war? The kidnap of the son of the leader of the opposition party, UNITA, is the most outrageous deed yet. It's representative of the need to end the humiliation between the Angolan people. 

  • 4. The creation of a true, democratic State of Right, with a real delegation of powers. Let us start by asking: is there a State in Angola? Can we continually forget the urgency of erecting a State of Right in Angola? IS it possible to build it excluding the people that only know the strength of cannons and the power of chemical bombs? 

  • 5. To assure the respect and the freedom of independent media. I refuse to mention more than has been said by Rafael Marques, William Tonet, etc. Their statements are enough to reinforce this item. 

  • 6. Defining the guide lines of the social and economical development of the country The International Money Fund and the World Bank are honest enough to try and persuade the Angolan government to be more transparent. Have they succeeded without the help of the Angolan people? Who can have faith in the possibility of development when there isn't even a national project, being discussed in a free National Assembly? Can the Angolan State, today composed of an elite that wasn't chosen by the people, understand the need of development of the country? 

Creating trust between Angolan will only come through a free and open discussion. That is the kind of trust needed to Reconcile the Angolan people. An open discussion that does not neglect international commitments, the external debt and solutions for Angola. Every day that goes by and this war goes on, equals one opportunity lost for peace in Angola. This reality is undeniable. More than the opportunity of Development, we're assassinating a Country. On whose behalf? What's all this fuss about diamonds, when every one shuts up when oil is mentioned? 

  • 7. The creation of a transitional government, of great national awareness. The mandate of the actual parliament ended in October of 1996. Since 1992, the actual state leader turned into a candidate to the second turn of the elections, side by side with the president of UNITA. The creation of a true State in Angola must guide itself along the lines of awareness and fairness. So that everyone can identify with it, ensuring stability and confidence. Plus, those who, so far, have been kept out should carry out the creation of such a State. The trust the Nation requires must contemplate that. 

  • How many doctors, teachers, nurses, etc from UNITA were integrated in the Central and Local Administration? How many from the FNLA? How about the rest of the parties of the opposition? What manner of trust does a government pass out, when it leaves behind those who politically oppose to it? Leaving behind part of a Nation... But are there really any ways to make it better? Evidently, yes! 40% of the National Angolan Budget is spent on armament. We only need to remember how paralysed the Angolan economy is, consequently to a war imposed on us. The Angolan war forces a continuos maintenance of an army of 200 000 citizens, divided in each sides of the conflict. This number is only two times bigger than the intervention task force of the European Union. In fact, the only thing Angola could be proud of is the fact that it has the biggest army in the world. Evidently, the re-structure of this sad reality can't happen turned against those who took part of the conflict, some because they were force, others merely to survive. It is essential to maintain the principle of good will and make these two structures trust each other without feeling the Nation abandoning them.

  • 8. The independence of the public administration, the police and the Army from the dominant political party. We must understand that the growth of the IPB of 0, 2%, between 1988 and 1998, only happened because the main strategy of the government at that time, was war. We must believe that an economy of Peace generates Wealth, Jobs and Stability for everyone We must all believe that in the public administration, in the army and in the police the main goal is to serve the Nation, not a party. For that to happen is fundamental that those kept out of the system so far, start integrating the boards in the public administration, in the army and in the police, not minding about ethnical, origins or political options. Is there a cost? No doubt. Democracy comes with a cost. Peace comes with a cost. But Peace, like democracy, generates efficiency. An efficiency that the current government does not have, or never did. 

  • 9. A realistic approach on the Cabinda issue. Cabinda has been a factor of instability for Angola. There are, at least, two kinds of problems in Cabinda. One result from the harsh way the government of Luanda tried to handle the issue, neglecting History and linearly taking for granted the boundaries of the colonial Angola. A reaction typical of the totalitarians. The other problem comes from the way the Cabinda resources were used without benefit to the citizens of Cabinda. Today, Cabinda deals with an extreme conflict situation. To reach a solution the Cabindas must be granted the right to solve their future. 

  • 10. The creation of a national commission to control and manage the use of public finances. Particularly the gains obtained from oil and diamonds. This national commission would work side by side with the international team of auditorship. At 800 000 barrels of oil per day at three francs each, means a commission of 13 million dollars per year. It's based on these premises that we must reflect - the Nation is stolen at a rate of one dollar per person, per year. This in a country where 40% of the citizens don't make more than 30 dollars per year, according to the Department of State of the USA. So, 40% of the Angolan people are deprived of 3% of their annual gains... according to Mr. Tarallo of the ELF, This is the meaning of the commissions Eng. Dos Santos gets paid by the oil companies of the world. There are other "pay-offs" from the acquisition of weaponry and outside goods... This situation must end. Observed form the context of a potential investment, the conclusions are even more serious... and it gets worst if we reflect upon the ethical side of the issue facing the wealth of a Nation. 

  • 11. The creation and the defence of an open mentality, ready to dialogue with the neighbour countries, ending the bellicose policies. It's in a pan African scenery that we'll find peace for Angola We all saw in the International Social Communication, the Chief of the Higher State of Armed Forces of the Zambia, being blackmailed and pressured by the Angolan army, Hitler-style - as it seems to have become a fashion amongst African leaders. We're also aware of the illegal presence of the Angolan army in the Republic of the Congo and in the Republic of Namibia. We know about the presence of Portuguese, Israelite, Zambian, Brazilian, Russian and Namibian citizens, in Angolan territory. These days we are not a country, but a central of conflict and a test base for military experimentation. It takes nothing from them, and costs everything to us. This is the result of policies based on revolution or the regional Angolan Power. Which is the new concept behind military impulses and old murderers. We could be watching the presence of Zambian technicians, discussing the railroad of Benguela wit h us. Or the presence of Namibian technicians discussing with us the strategic management of hydraulic streams. There's much to be done in the pan African scenery. Much more important things than arguing about each military force, while on the outside economy goes global, and knowledge spreads worldwide. 

  • 12. The creation of an independent electoral committee. Once the political psychological and material conditions have been gathered and the legislative and presidential elections have been carried out, the elected Parliament must decide on the criteria of the Political parties. Many international chancelleries today, defend the happening of a sketch-like election in 2001 to justify the unjustifiable. To ignore the existence of a mistake amidst the International Community. We must end the petty talk. There are lives at stake here. UNITA faces the world with a serious, positive reflection. One which is interested in search of solutions for a conflict that's 25 years old. As many as the Angolan nation. The same people that were behind the destruction of Angola in 1975, in 1992, in 1994 and again today are the same who answer that we have already lost three chances of peace with three International Treaties. How many agreements have there been concerning Israel, Palestine, the IRA or the Irish Protestants? Or related to Spain and the ETA? I'm sorry but that argument just won't do. True that it may be that the Angolan people is an essential part of this conflict. It's an undeniable truth that this conflict as too many people involved. That's why it's up to us, Angolan, the decision to end this at once. 

  • As it is up to the International Community to remember it's part and take the blame as much as we will. UNITA will go on Resisting as long as the idea of massive destruction prevails. It is better for everyone to realise that honest and honourable Dialogue is the best solution. Before anything else there should exist Dialogue between all Angolan. After that we shan't have forgotten our need to dialogue with the rest of the world, or the commitments to which we'll have to stick by. But above all, as Human Beings, we shall learn our Rights, and how to demand them. Responsibly demanding... So that in the coming 25 years of celebrating Angola's independence we can do it with true Angolan Joy. Not in this bureaucratic, formal and faded way. 

Joffre Justino

 

 

Última actualização/Last update 08-05-2001