AS SANÇÕES CONTRA A UNITA SÃO UM CRIME E DEVEM FINDAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL...
(QUEM COMEÇOU A 3ª GUERRA CIVIL EM ANGOLA FOI O REGIME DE LUANDA, AFIRMAM OS 5 PERITOS DAS NAÇÕES UNIDAS! )

Entrevista dada pelo Presidente Dr. Jonas Savimbi à Voz da América

 

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PRESS RELEASE NR.01/UNITA/
C.P.C.P/2001

MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998

CARTA ABERTA AOS POVOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

"Extractos de um editorial do Folha 8, 
jornal Angolano". 

Folhando *(EDITORIAL) 

"O País está a sangrar. Os cidadãos a morrer de fome e das balas assassinas de uma guerra sem sentido. MPLA e UNITA esgrimem razões com as analfabetas, mas mortíferas armas que transformam Angola num local mau para se ser criança. 

É uma vergonha quando as receitas do petróleo bem serviriam para sermos um País bom para nascer e crescer-se com dignidade. A indigência e a prostituição vivem paredes meias com a ostentação de riqueza de uns poucos alcandorados nos palanques palacianos. 

A UNITA, igual a si mesma, acredita que só é possível continuar a guerra para encontrar outras saídas. É um erro rumar contra os ventos da história que exige cada vez mais uma luta política na resolução das grandes questões nacionais. 

O MPLA, com responsabilidades acrescidas, continua a querer levar o País para um beco sem saída promovendo a intolerância como arma de combate. A reconciliação nacional é confundida com submissão e subserviência. A tolerância não faz morada nos "quartéis" de quem tem, no momento, a faca e o queijo do desempate na mão. Angola não pode continuar a bater o record em viúvas, mutilados, indigentes, analfabetos e falta de assistência médica. 

As eleições, a acontecerem poderão seguramente trazer bastantes surpresas, porquanto nem sempre as consciências se conseguem comprar com dinheiro de sangue. Na actual fase em que cada vez mais o isolamento dos defensores da guerra é maior, as dificuldades económicas e sociais idem aspas, não se vaticina uma vitória folgada do partido da situação. O grande vencedor poderá mesmo ser a abstenção e a perca de maioria parlamentar. 

O MPLA, partido no poder desde 1975, ano da Independência do País, tem estado, por culpa de alguns dos seus dirigentes mais radicais a perder a sua veia catalizadora. De erro em erro o MPLA tem vindo a penalizar os seus próprios ideais, afastando milhares e milhares de cidadãos que se constituiram numa massa humana crente na virtude de uma chama que se renovaria a cada intemperie. De unzinho a unzinho, a equipa técnica que assume as rédeas do MPLA vai acumulando erros, por fazer ouvidos de moco à sua fraca gestão. A equipa técnica tem estado a "fissurar" a crença na bíblia partidária. Infelizmente, a grande maioria já não se revê nos Programas minímo e mâximo traídos que foram os seus princípios. O pão, o sal e a água nunca fizeram morada na maioria das casas dos autóctones. A Educação e a Saúde, quase deixaram de existir após a independência. 

Neste quadro dantesco será possível enquadrar-se a realização de eleições só contando com o apoio dos publicitários brasileiros? Ou a guerra e a falta de assentamento populacional não contam? Os mutilados e deslocados, estes apesar de estarem maioritariamente em Luanda, face ao desprezo a que têm sido votados não votarão seguramente no partido no poder. "Deslocado na tenda não vota", dizem. E quando a onda de maltratar, cada vez mais os autóctones nessa condição prossegue, então não restarão muitas hipóteses de votos preenchidos. É que desde 1992, mesmo nas zonas onde a guerra não existiu o MPLA não cumpriu as suas promessas. 

A alternativa poderá ser, dizem os moderados, a realização de um Congresso Extraordinário antes do pleito eleitoral para expurgar a incompetência que tem prejudicado o partido dos "camaradas" e o País. O MPLA, hoje não tem ideologia. Vai para a direita, quando as regras são ditadas pelo Ocidente e ou FMI e para a esquerda quando é preciso encher os depósitos com armamento e solidariedade russo cubana. Não ser nem peixe nem carne tem levado a que se cometam erros de monta contra a própria base social de apoio. A equipa técnica dos "camaradas" não tem conseguido implantar um programa económico e social, coerente e realista, capaz de inverter as imagens de miséria até então desconhecidas, mesmo no período colonial fascista. 

A guerra, tendo razões para a não implantação exitosa de um qualquer programa não pode justificar a ausência de acções coerentes e viáveis ao longo destes 25 anos de governação."

 

Última actualização/Last update 12-11-2000