Home Up

PRESS RELEASE NR.01/UNITA/
C.P.C.P/2001

MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998

CARTA ABERTA AOS POVOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E DEMOCRACIA PARA ANGOLA C.D.D.A. _____________________________________________ 

COMUNICADO DE IMPRENSA 

O CDDA tomou conhecimento da realização em Lisboa, a 9 de Abril de 2001, de uma Conferência promovida pelo Partido Social Democrata (PSD), intitulada "Encontros com África". 

Como o desenvolvimento e a democracia são incompatíveis com a guerra, a exclusão e a corrupção, o CDDA vem tornar pública a sua posição. O CDDA constatou que enquanto os restantes países africanos Lusófonos se fazem representar por Partidos da Oposição genuína, no caso de Angola os convidados foram o Partido no poder, MPLA, e os seus apêndices partidários, o CRU. 

Esta atitude discriminatória não pode passar despercebida aos angolanos, em particular porque ambos os convidados defendem a guerra e a exclusão, contrariamente à vontade expressa pela maioria da população angolana que reivindica o diálogo e a resolução pacífica do conflito. 

Esta posição tem sido expressa em inúmeras declarações e manifestos, subscritos por todos os Partidos Políticos da Oposição genuína, por movimentos das Igrejas Católica e Evangélicas e pela constituição recente do Amplo Movimento de Cidadãos (AMC), todos eles ausentes da referida Conferência. 

A discriminação conduz os encontros com África ao desencontro com Angola. Igualmente não pode deixar de referenciar como um MPLA, histórico e tradicional amigo do Partido Comunista Português, de Fidel de Castro e Milosevic, e lutador persistente pela sua entrada na Internacional Socialista, se converte agora à Social Democracia Liberal. O CDDA augura que a participação do MPLA e dos seus apêndices possa contribuir para o bom esclarecimento dos presentes, em particular dos sociais-democratas portugueses. 

Por isso espera que no painel "Resolução de Conflitos e Processos de Paz", o MPLA explique como violou a "Cláusula do Triplo Zero" em 1993, como se faz refém um mediador, como invadiu o Congo-Brazzaville para derrubar um governo eleito democraticamente e como se promove a guerra em três países vizinhos, sem qualquer fim à vista. 

No painel "Democracia e boa Governação", o MPLA explane sobre a "criação de partidos" dentro dos partidos da Oposição, da intimidação e prisão de jornalistas, de deputados, de membros da oposição e de sindicalistas, a recusa de deputados visitarem as províncias que os elegeram, o "Angolagate", a corrupção e as viagens da Primeira-Dama. 

O CDDA aguardará os resultados. A discriminação já é patente para os angolanos. Desejamos que a presença do MPLA e dos seus apêndices não vise credibilizar imagens e posturas, através de Partidos da Oposição genuínos lusófonos, porque então o desencontro com Angola será grave. 

O CDDA apela aos angolanos para que definitivamente rejeitem a discriminação e as campanhas de marketing. O diálogo e a negociação são a via para Angola encontrar a paz e a democracia. E por isso apela igualmente aos portugueses para que manifestem aos angolanos a mesma solidariedade e apoio que receberam no seu combate contra a ditadura. 

Os angolanos ficarão gratos e não esquecerão. Porque não esqueceram o apoio e solidariedade de portugueses insignes, que nunca pactuaram com a opressão, como o Dr. Sá Carneiro. 

Lisboa, 8 de Abril de 2001 

P'la Direcção do CDDA 

Carlos Morgado

Última actualização/Last update 09-04-2001