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RELEASE NR.01/UNITA/ MEMORANDUM ON NON-COMPLIANCE BY THE MPLA 1975-1998 |
As causas da catástrofe humanitária em Angola
Desde
11 de Novembro de 1975, data da independência de Angola, que os Africanos de
Angola e os Angolanos em geral vivem debaixo de uma das piores ditaduras do
continente Africano. Logo
após a sua independência, a então União Soviética, com apoio dos países do
leste e da soldadesca cubana, invadiu Angola e instalou um regime totalitário
em Luanda que se transformou numa das piores Cleptocracias da África
sub-sahariana cujos pilares aumentam hoje na corrupção, brutalidade, no ódio,
na exclusão, na difamação, na repressão das liberdades individuais e na
ingerência pela força das armas nos assuntos internos dos países vizinhos de
Angola. A
vida de milhões de Angolanos que continuam a viver numa pobreza abjecta
transformou-se num inferno e numa luta sem tréguas em busca da sobrevivência
que os coloca permanentemente entre a miséria e a morte. De
facto, este mal de Angola que destroi o seu tecido humano e social tem nome: é
José Eduardo dos Santos que de guerra em guerra declarou mais uma contra os
Angolanos aos 5 de Dezembro de 1998 que já fez até ao momento milhares de vítimas
no seio da população civil e criou uma das piores crises humanitárias alguma
vez vivida pelos Angolanos. Como
resultado desta política, o balanço dos últimos 15 meses de guerra total
contra os Angolanos é de facto catastrófica, senão vejamos:
O
quadro descrito tende a piorar pelo facto de que aos deslocados internos não
lhes é proporcionada a ajuda humanitária necessária porque esta é geralmente
desviada pelo governo para as suas forças armadas e para os mercados paralelos.
As centenas de milhares de Angolanos que vivem nas áreas sob jurisdição da
UNITA nunca foram abrangidas por qualquer tipo de assistência humanitária das
Nações Unidas. E
como se não bastasse, a volta destes autênticos campos de concentração,
sobretudo as capitais provinciais e certos municípios, o governo continua a
semear minas anti-pessoal com o propósito de impedir que estas populações
regressem para as suas áreas de origem que, em muitos casos, encontram-se
localizadas em áreas sob jurisdição da UNITA. Esta
política de José Eduardo dos Santos de "criação de aldeias da paz"
e de "moralização de centros urbanos", que é orientada por
conselheiros militares portugueses a exemplo das medidas que adoptaram em Angola
durante a guerra colonial, é um crime contra a humanidade. Ninguém tem direito
em qualquer parte do planeta de obrigar populações inteiras a abandonarem o
seu habitat, forçando-a ao exílio interno e concentrando-as em "reservas
da caridade" em localidades onde vivem da fome e da miséria, enquanto
podiam cultivar livremente as suas terras. O
mais grave ainda é que esta catástrofe humanitária que resultou da política
de genocídio de José Eduardo dos Santos tem o beneplácito dos países já
desqualificados da TROIKA que continuam a inspirar e a encorajar a doutrina de
"moralização de centros urbanos" e a política de guerra total do
Futungo de Belas em troca de negócios que lhes proporcionam os petróleos,
diamantes e o tráfico de armas. À
luz desta política, estes países vão envidar os seus esforços financeiros e
militares para a defesa dos seus negócios em Angola, pressionando José Eduardo
dos Santos para esmagar os nacionalistas Angolanos, o que, no entanto, não
passa de uma quimera. Enquanto
as relações da América de Clinton, de Portugal de Guterres e da Rússia de
Putin com Angola continuarem a ser de natureza neocolonial e imperialista, estes
países que ignoram deliberadamente os interesses e as aspirações legítimas
de paz e liberdade das populações locais, Angola não conhecerá certamente a
paz, a tranquilidade e o desenvolvimento sócio-económico. As
recentes declarações de enviados especiais de governos de Portugal, América e
Rússia proferidos em Luanda a defenderem obstinadamente a continuação da
guerra como solução do conflito Angolano e o inequívoco não ao diálogo com
a UNITA genuína vêm confirmar mais uma vez que a guerra de José Eduardo dos
Santos veio para ficar por muitos mais anos e só a força das armas pode
libertar os Angolanos desta política neocolonial, imperialista e fascista.. A
UNITA como vanguarda de luta das populações excluídas e perseguidas de
Angola, coloca-se com o Dr. Savimbi como seu timoneiro na linha da frente para
dirigir este combate multiforme para a materialização das suas aspirações
legítimas e profundas de liberdade, dignidade e democracia. Angola,
20.03.2000 Alcides
Sakala
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Última actualização/Last update 02-12-2000 |