AS SANÇÕES CONTRA A UNITA SÃO UM CRIME E DEVEM FINDAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL... 

(TEXTO 137 DESTA 3ª GUERRA CIVIL QUE O ENG. JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS IMPÔS)

AS 12 PROPOSTAS DE PAZ DA UNITA 

A 29 de Outubro de 2000, das Terras Livres de Angola, saiu um Documento da Direcção da UNITA, publicado em Portugal, denominado EM MEMÓRIA DO ENG. JEREMIAS KALANDULA CHITUNDA. Este Documento, tem a base essencial da argumentação da Direcção da UNITA que demonstra o como um Regime Totalitário, o do Mpla, tem destruído as oportunidades várias que os Angolanos têm tido, de construir um País verdadeiramente Independente, Democrático e Desenvolvido. Tem também, no seu Final, estão as já conhecidas 12 Propostas de Paz que, desta forma, a Direcção da UNITA entendeu apresentar aos Angolanos e à Comunidade Internacional como mais um meio de pôr fim a uma Guerra Civil, imposta pelos futunguistas, já na sua terceira fase e que, nesta última, dura há quase 2 anos, de forma verdadeiramente inútil. 

É pois este Documento mais que uma Homenagem a um Herói de Angola, o eng. Chitunda, um cidadão de Paz, um investigador e um diplomata de obra provada, pois, homenageando-o, a UNITA completa a função da homenagem relacionando este Homem de Paz com mais uma Proposta de Paz, para esta 3ª guerra civil Angolana. Angola, que podia Ter nascido com honra, de forma plural, aberta, e com uma retaguarda de crescimento económico bastante positivo, ainda que com gravíssimas lacunas sociais, tornou-se num projecto de Nação permanentemente adiado, nestes seus 25 anos de vida. É da reflexão deste permanente adiamento que nascem estas 12 Propostas de Paz. 

A Direcção da UNITA tem-no dito repetidamente. Vejamos as Propostas uma a uma:

1. A Independência Nacional real contra o neocolonialismo 
Angola, ao tempo colonial, exportava, em larga quantidade, Produtos nas áreas da Agricultura, como o café ou o sisal, da Mineração, como o petróleo, os diamantes, o ferro, o ouro, detinha um sector industrial para a Produção Interna, era autosuficiente na Pesca, na Energia, na Água. 

Angola tinha uma rede de estradas que a reforçava na sua relação com exterior e que permitia a livre circulação de Pessoas e Bens em todas as suas Regiões. A imposição de uma guerra civil, a rejeição do estatuído em Alvôr, que "fixaram a proclamação da independência de Angola a 11 de Novembro de 1975 no seguimento de eleições livres e justas", conforme o Documento a que me refiro, forçando a uma independência baseada na exclusão de parte dos Angolanos - os que não eram do Mpla, os da UNITA e da FNLA - levou somente a que "os cubanos continuaram a desembarcar em Angola até atingirem um efectivo de 70 000 homens", fazendo de Angola um imenso campo de batalha. Do livro "Os Cubanos em Angola" da autoria de Carlos António Carrasco, um diplomata que é tudo menos amigo da UNITA, podemos retirar que " ...imediatamente nos onze meses depois da independência angolana, a ex URSS subscreveu com este país" um tratado de Amizade e Cooperação, seguidos de "um programa de cooperação económica e técnica", a 21 de Janeiro de 1982, em Maio de 1982 um "Acordo sobre Reparações Navais" e, em Maio de 1983, o então já "presidente Dos Santos", subscrevia mais 3 documentos, de cooperação entre "partidos irmãos", um "plano de multiplicação de intercâmbios entre os 2 partidos" e um "protocolo de cooperação cultural e científica". Mas não esqueçamos o papel dos EUA. Do mesmo autor podemos relembrar que logo no primeiro decénio de governação do Mpla, as empresas americanas " exploravam reservas estimadas em 1.7 mil milhões de barris de petróleo de alta qualidade", investindo, "milhões de dólares em operações muito lucrativas" e que em 1985 os EUA já eram " o cliente comercial nº 1 de Angola com uma cifra anual de trocas mútuas que rondava os mil milhões de dólares". O problema real não está nesta intensa actividade económica EUA/URSS com um regime totalitário, (embora já de si tal seja um problema...). O problema está na falta de benefícios retirados te dal actividade por parte dos Angolanos, de todos eles, os que se sediaram nas áreas da UNITA antes do mais, mas também os que sediaram nas áreas do Mpla. De ambos os lados sobrou a Fome, o analfabetismo, o endividamento externo e a destruição de todas as condições de partida deixadas pelo sistema colonial português. Só que de um lado existia um regime autoimposto, mas também crescentemente mantido por decisão estrangeira e do outro existiu a necessidade de sobrevivência. Hoje, a dados de 1998, enfim, segundo o "L'etat du Monde 2001", a dívida externa de Angola é de 12173 milhões de dólares, a Despesa Pública com a Defesa, a dados de 98 também, era de 11.5 % do PIB e superam os 40% do Orçamento de Estado em 1999 e as Exportações fazem um grande esforço para pagar 24.1% do serviço da dívida Angolana. Angola está farta de sofrer esta espoliação das suas riquezas naturais, e de viver com esta elite dependente de interesses internacionais, que nunca consensam com os interesses nacionais. É pois natural que a defesa de uma independência real e antineocolonial esteja na primeira linha das reivindicações da Direcção da UNITA. 

2. Decantar, definir e fixar as bases da identidade nacional 
A imensa maioria dos Angolanos vive com 2.5 US dólares/mês, (500 escudos), segundo o relatório sobre os Direitos Humanos no Mundo, de 1999, do Departamento de Estado americano. Uma parte importante dos Angolanos vê as suas aldeias a serem bombardeadas com bombas químicas, e vê tal perante o silêncio da comunidade internacional. Outra parte importante ou é refugiado fora de Angola, ou foi forçado a viver em condições infrahumanas nos arredores das antigas, destruídas, urbes coloniais, verdadeiros refugiados internos, a serem utilizados em possíveis manobras "eleitorais" por voltas de um mítico ano 2001... em favôr de um partido o Mpla/futunguista e dos interesses estrangeiros que estes representam em Angola. Quem são, então, os Angolanos? Os cidadãos vivendo nas urbes do litoral angolano, somente? E mesmo entre estes distinguindo, como antigamente fazia o sistema colonial separando assimilados de não assimilados, os que vivem e os que sobrevivem? E, mais, é possível escamotear que somos um país de maioria negra? Que tal deveria ser visível nas instâncias, todas, do Poder, político, económico, social? Ainda, é possível escamotear as múltiplas etnias/Nações existentes no interior de Angola? Será assim uma tão difícil questão, ou ao não se pretender debater tal, como fazemos desde 1975, não estaremos nós Angolanos a destruirmos a possibilidade de o sermos? 

3. A unidade nacional e igualdade de todos os angolanos perante a lei, garantindo o direito à vida e oportunidades iguais, sem exclusões nem humilhações, rejeitando todas as heranças coloniais. 
De cada vez que um avião bombardeia, com armas químicas, uma aldeia angolana, parte deles pilotado por estrangeiros, que sentirá o cidadão e a cidadã dessa aldeia? Que tem os mesmos direitos, em especial no plano do direito à vida, do cidadão angolano que vive em Alvalade, bairro de Luanda? Os 41.4% de jovens, entre 12 e 17 anos que, (estatísticamente...), não têm acesso à escolaridade, sentirão que têm a igualdade de oportunidades garantida? Ou sentirão que os mais de 40% da parte do Orçamento de Estado que vai para a Defesa, lhes está a roubar a Vida? E quem são esses 41.4% de Jovens, de que origens, de que etnias, de que Nações dentro da Nação Angolana, são eles? As Mães e os Pais dos 125 por mil crianças que morrem por ano, sentirão que existe igualdade de todos os angolanos perante a lei? O rapto de filhos de um leader da Oposição, como sucedeu com Anacleto Kajita Ululi Sakaita, filho do dr Jonas Malheiro Savimbi, que se mantém preso, forçado, em Luanda, com o silêncio cúmplice da comunidade internacional, não é o exemplo mais flagrante da necessidade de se pôr fim às humilhações entre Angolanos? 

4. A instauração de um verdadeiro Estado de Direito, democrático, com uma real separação de poderes 
Comecemos, sendo mais radical que o texto, por perguntar - mas existe hoje um Estado em Angola? Poderemos continuar a escamotear a urgência de construirmos um Estado de Direito em Angola? E existe a possibilidade de o construir anulando da participação no mesmo da imensa maioria dos Angolanos que do dito estado de hoje conhecem somente a força dos canhões e o poder destruidor das bombas químicas? 

5. A garantia do respeito e das liberdades da imprensa independente 
Recuso-me sequer a referir mais do que já foi dito por Rafael Marques, William Tonet, etc., para reforçar este ponto entre os 12 ponte de Paz. 

6. A definição dos fundamentos para o desenvolvimento económico e social do país 
É certo que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial até podem procurar ser sérios e querer forçar, com sinceridade, o dito estado angolano futunguista, a querer ser mais transparente. Têm-no conseguido, sózinhos, não contando com os Angolanos? Mas é possível a alguém acreditar que sem um projecto nacional, amplamente discutido, livremente aceite, em uma Assembleia Nacional livremente eleita, seja possível criarem-se as condições para o desenvolvimento? Isto é, pode o dito estado angolano hoje existente, totalitariamente gerido por uma elite não escolhida livremente pelos Angolanos, entender a necessidade do desenvolvimento do seu país? Uma livre discussão, e pública discussão, das vias possíveis de recuperação de Angola, hoje, é determinante para a criação da confiança entre os Angolanos e esta é determinante para se iniciar a Reconciliação entre os mesmos. Uma discussão que não esqueça os compromissos internacionais de Angola, a dívida externa de Angola e que, partindo dela encontre as soluções para Angola, não é, hoje, ainda, impossível. Mas, cada dia que passe a mais com esta guerra civil, tenderá a ser uma oportunidade a menos para a continuidade de Angola. Esta realidade não pode ser escamoteada por nenhum Angolano. Mais que o Desenvolvimento, assumamo-lo, estamos a pôr fim a uma Pátria. Em proveito de quem? Com que interesses por detrás? O que significa esta sanha antidiamantífera, quando tudo se esconde quando se fala dos petróleos? 

7. A formação de um governo de amplo consenso nacional e de transição 
dado que o mandato do actual parlamento expirou em outubro de 1996 e, desde 1992, o actual chefe de estado não é senão um candidato à Segunda volta da eleição presidencial, em pé de igualdade com o Presidente da UNITA A criação de um verdadeiro Estado em Angola exige medidas de consenso alargadas que permitam que todos os Angolanos nele se revejam, factor evidente também de estabilidade e de confiança. Mais, a criação de um verdadeiro Estado Angolano exige ser feito também por quem até hoje dele esteve arredado. A confiança a ser transmitida a toda a Nação isso impõe. Vejamos, da UNITA, quantos professores, quantos médicos, quantos enfermeiros, quantos quadros foram integrados na Administração Central e Local? E da FNLA? E dos restantes partidos da Oposição? Que base de confiança transmite, à Nação, um dito estado que exclui, porque são da Oposição, uma parte da Nação? Mas haverá condições para que suceda o contrário do hoje vivido? Evidentemente que sim - basta recordar que, hoje, 40% do Orçamento do dito estado angolanos se esvai com a compra de armamento. Basta recordar quão paralisada está a economia angolana em consequência do dispêndio efectuado com a guerra que uns tantos nos impõe. Hoje a guerra imposta aos angolanos obriga à manutenção de cerca de 200000 cidadãos nas força armadas existentes em Angola, dos dois lados do conflito. Este valor é só o dobro da denominada força de intervenção rápida da União Europeia. Na verdade, a única coisa de que Angola hoje se pode orgulhar é que detém, em si o maior exército do Mundo... É evidente que a reestruturação desta realidade também não pode ser efectuada contra os que participaram no conflito, uns para sobreviver, outros porque tal lhes foi imposto. Também aí o essencial é adquirir o princípio do bom senso e entender que estas duas forças e os membros que nelas participam, têm o direito de sentirem também a confiança necessária para acreditarem que não serão abandonadas pela Nação. 

8. A despartidarização da administração pública, das Forças Armadas e da Polícia 
Antes do mais é necessário acreditar que um crescimento do PIB de 0.2% entre 1988 e 1998 só acontece porque a guerra foi a estratégia dominante dos que geriram a Nação. É necessário que todos acreditemos que uma economia de Paz gera Riqueza, Emprego, Estabilidade, para todos. É necessário que todos acreditemos que na administração pública, nas forças armadas, na polícia, o objectivo é servir a Nação e não este ou aquele, partido. Mas, para que tal suceda, é fundamental que os excluídos, até hoje, se sintam revistos nos quadros na administração pública, das forças armadas e da polícia nos seus vários aspectos, étnicos, de nacionalidade e de partido político, aos mais vários níveis destes organismos. Terá um custo esta medida? Sem dúvida. A Democracia tem um custo. A Paz tem um custo. Mas a Paz é geradora de uma eficácia, tal como a Democracia, que o regime actual não tem, nem nunca mostrou Ter. 

9. A abordagem realista do caso de Cabinda 
Cabinda tem sido, para Angola, um factor de instabilidade. Na verdade, em Cabinda existem pelo menos dois tipos de problemas. O primeiro resultou da forma impositória como o regime de Luanda quis resolver o assunto, assumindo com a linearidade típica dos totalitários as fronteiras da Angola colonial como tal, esquecendo a História. O segundo resultou da forma como geriu os recursos de Cabinda sem que o Cidadão Cabinda tirasse qualquer proveito dos mesmos. Cabinda é, hoje, um conflito extremado. Tal exige que para ser resolvido este conflito que os Cabindas tenham antes do mais o direito à decisão sobre o seu futuro. 

10. A criação de uma comissão nacional para o controlo e fiscalização do uso das finanças públicas, em particular as receitas provenientes da exploração do petróleo e dos diamantes. Esta comissão nacional trabalharia em estreita colaboração com uma equipa internacional de auditoria. 800000 barris de petróleo dia vezes 3 francos significa uma comissão de 13 milhões de dólares ano aproximadamente. É nesta base que temos de reflectir - estão a desaparecer da Nação, mais de um 1 dólar ano por pessoa, em um país onde cerca de 40% dos cidadãos auferem, segundo o Departamento de Estado do s EUA, porque a situação será pior, 30 dólares ano. Assim, 40% dos Angolanos vêm-se esportulados de 3% da sua capacidade de rendimento anual...É o que significam as comissões que o sr Tarallo, da ELF, diz que o eng. Dos Santos recebe das petrolíferas do mundo. E disse-o em pleno tribunal francês. A acrescer, existem todas as outras comissões distribuídas aquando da compra de armamento, ou da aquisição no exterior de produtos para Angola... Há pois que pôr fim a esta situação que, vista em um contexto de potencial de investimento, tem um significado ainda mais grave...e mais grave ainda se reflectirmos sobre este contexto no plano da ética em face da Riqueza de uma Nação. 

11. A criação e defesa de um espírito aberto ao diálogo permanente com os países vizinhos, pondo-se cobro à política da canhoneira. 
É no quadro do sentido pan africano que encontraremos a paz para Angola. Vimos, todos, na comunicação social internacional, o chefe de estado maior geral das forças armadas da República da Zâmbia a ser alvo de chantagem e pressão e a assistir a uma declaração de força, à Hitler, (que parece estar na moda hoje em alguns dirigentes africanos...) das ditas forças armadas angolanas. Estamos, também a assistir à presença, desde 1996, ilegal, das ditas forças armadas angolanas, na RDC, na República do Congo e na República da Namíbia mais recentemente. Assistimos, hoje, à presença de zimabuanos, israelitas, americanos, portugueses, brasileiros, russos, namibianos, em território Angolano, entre muitos outros. Somos pois hoje, não um país mas uma central de conflitos e um campo de experimentação militar. A custo zero para todos eles e a custo incomensurável para nós. Este é o resultado de políticas baseadas na trincheira firme da revolução, ou na tese da potência regional angolana, conceito "novo" para expressar ímpetos militaristas e suicídas velhos. Deveríamos Ter assistido, sim, à presença em Angola de técnicos Zambianos, para discutirem o caminho de ferro de Benguela connosco, ou de técnicos namibianos para discutirem connosco a gestão estratégica dos caudais hídricos. Há muito a fazer no quadro pan africano, bem mais sério, bem mais estraégico, bem mais importante, que discutir a força militar de cada, quando, lá fora, a economia se globaliza, o conhecimento se globaliza. 

12. A criação de uma comissão eleitoral independente
uma vez as condições políticas, psicológicas e materiais reunidas, realizadas eleições legislativas e presidenciais, o Parlamento eleito deve definir os critérios de representatividade dos Partido políticos. É hoje campanha em muitas chancelarias internacionais a realização de um arremedo de acto eleitoral em 2001, para justificar o injustificável, para recusar a existência, na comunidade internacional, do erro. Urge pôr fim a estas idiotices. Existem vidas que estão a ser postas em jogo. A UNITA pôs em face do Mundo uma reflexão séria, positiva, interessada na busca de soluções para um conflito que tem 25 anos, os anos da Nação Angolana. Os que apostam, hoje como em 75, hoje como em 92, hoje como em 94, na guerra e na destruição de Angola respondem com a "realista" tese de que perdemos, nós Angolanos, já 3 oportunidades com 3 tratados internacionais. Quantos acordos houve já em volta de Israel e da Palestina, em volta do IRA e dos protestantes irlandeses? Em volta de Espanha e da ETA? Não o argumento não colhe. O certo é que somos nós, Angolanos a parte essencial da culpa do conflito. Mas o certo é que deste conflito tem muita gente vivido vivido. Daí que por um lado caiba a nós todos Angolanos sabermos que temos de pôr fim ao mesmo. Como cabe à comunidade internacional não esquecer a parte de culpa que tem conflito e assumir a mesma de uma vez por todas. Porque a UNITA continuará a Resistir se a idéia da sua destruição persistir mais vale entendermos todos que a solução está no Diálogo. Antes do mais entre nós todos, Angolanos. Mas também não esquecendo o Resto do Mundo, junto de quem assumimos responsabilidades que teremos, sem dúvida de cumprir, mas onde assumimos, porque somos Seres Humanos, Direitos que temos de aprender a exigir. Responsavelmente, mas a exigir. Para que os próximos 25 anos de Angola sejam comemorados com verdadeira Alegria de Angolanos e não desta forma burocrática, formal, inexistente, que foi a destes primeiros 25 anos. 

Joffre Justino

 

Última actualização/Last update 10-12-2000